"...está aqui para escolher o seu destino antes de ser mandado
na viagem intergaláctica que completa a sua evolução.(...)
Você não tem experiência de nenhum dos itens que lhe vamos propor.Mas tem intuição. Presciência.(...)
Num grande ecã na parede começam a aparecer palavras. Recomendam-me: Só posso escolher um destino. Tudo o resto que venha a acontecer-me será decorrente dessa escolha.

Miséria
Fortuna
Poder
Talento
(...)
Doença
Altruísmo
Paixão
(...)
Errância
Religião
Ciência
Musica
Mar
(...)
Quero paixão, repito sem saber porqê, já sem conseguir ler o resto da lista.
Estou exausto. Quero sair dali. Sinto-me mal.
Penso confusamente que aquela lista é um grande disparate.(...)
Se ele escolheu paixão, pobre dele, têm direito á nossa complacência,
de qualquer modo vai conhecer a Miséria, a Fortuna, o Poder, o Talento,
a Doença e ainda que de forma indirecta, os abismos do mar...
os abismos do mar
(...)

A cada palavra a escritora tocou em algo que me questiono.

Será que não fizemos tambem nós essa escolha um dia?

Este é o segundo romance que leio desta escritora portuguesa,
uma mulher que me faz orgulhar das minhas filosofias e critérios de
vivência, porque afinal,
somos acusados de loucura caso queiramos por em prática
formas de viver diferentes das padronadas pela sociedade.
Aconselha-se a leitura, para aqueles que gostam de sentir a vida do livro,
e com vontade de ler enigmas linguísticos diferentes dos tais padrões existentes,
Talvez eu tivesse sido Inês e tu Pedro e que essa paixão ainda perdure
por nova existência mesmo que seja intergaláctica.

isa